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O medo é o sentimento mais antigo e íntimo do Homem. Por causa do medo os homens primitivos passaram a viver em “residências” fechadas e pararam de migrar, formando assim os alicerces da civilização. O mesmo medo também nos ensinou a utilizar o fogo, a criar a roda e a pressentir os perigos que nos rondam. Ele também foi o empurrão principal para grandes mudanças na história da Humanidade; mudanças boas e ruins, mas que deram um novo sentido ao mundo e àqueles que nele habitam.

A meta do festival ESPANTOMANIA é o de apresentar o medo como um velho amigo e com esta visão resolvemos criar um mini-festival de curtas, médias e longas-metragens de horror, ficção científica, fantasia e exploitation. Durante 3 anos realizamos este festival itinerante internacional disposto a apresentar ao público uma gama de produções independentes sob diversos formatos e isso não foi fácil. Com sangue, suor e lágrimas produzimos nossos catálogos, pôsteres promocionais, camisetas e crachás além de trazer para o público-foco apresentações internacionais e bate-papos com escritores, roteiristas e demais artistas na cena brasileira. Sofremos preconceitos sociais, políticos e religiosos nestes três anos de estrada. Tivemos equipamentos sabotados e boicotes das formas mais incríveis que podem imaginar, mas como todo bom zumbi, sempre nos reerguemos para rasgar e devorar todos os obstáculos.

Em suas três edições, o festival foi “adotado” em grandes centros recreativos como a Biblioteca Temática Viriato Correa, na Vila Mariana, e o Centro Cultural Grajaú (conhecido na época como Casa de Cultura Palhaço Carequinha) e sempre teve boa aceitação tanto do público quanto da direção dos espaços reservados e preservando como foco a apresentação do cinema não-maistream para a população menos favorecida das comunidades periféricas de São Paulo/SP.

No decorrer do festival (que tem sua duração variante de acordo com a disponibilidade do local) a Mostra Espantomania conta com uma equipe de profissionais do ramo audiovisual além de promover novos talentos e difundir o lado B da Sétima Arte com muita dedicação, profissionalismo e bom humor. O festival também conta com sorteios gratuitos de livros, filmes e demais produtos doados pelos participantes e colaboradores.

POR QUE INVESTIR NAS MOSTRAS CULTURAIS DE CINEMA?

De acordo com a pesquisa “Contribuição econômica do setor audiovisual brasileiro” divulgada pela Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) em parceria com o Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual, a indústria cinematográfica injeta mais de R$ 19 bilhões por ano na economia brasileira, com um faturamento bruto anual de R$ 42,8 bilhões. A pesquisa foi realizada a partir de dados do IBGE e da própria indústria — que, além da produção de conteúdo, engloba a distribuição em diversos meios, como salas de cinema e festivais; a exibição em TV aberta e paga, e a venda e locação em mídia física. Segundo o estudo, a arrecadação direta de impostos foi de R$ 1,6 bilhão em 2009, saltando para R$ 2,1 bilhões em 2013. Em 2014, o audiovisual gerou uma massa salarial de R$ 4,2 bilhões, com um crescimento de 37% nos últimos anos, ou 2,6 vezes o que foi gerado pelo turismo. Em suma, os festivais alternativos funcionam como uma espécie de “laboratório do audiovisual” onde os visitantes aprendem técnicas e manejos de tudo o que acontece por detrás das câmeras, estimulando a imaginação e gerando novos profissionais do gênero.

SOBRE O ORGANIZADOR

Ivandro (IAM) Godoy é escritor, ilustrador, fotógrafo e técnico em efeitos visuais. Desde 1997 promove o gênero fantástico por meio de festivais, fanzines e participações em antologias nacionais e internacionais. Autodidata, já participou do Staff de grandes festivais nacionais como o Cinefantasy e o Festival Boca do Inferno, onde também escreve críticas e resenhas desde 2012.

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